Após ser adiado por 2 anos este importante congresso finalmente ocorre no Brasil
Aconteceu no final de março o 8º Encontro da Federação Mundial de Sociedades de Base de Crânio, evento realizado presencialmente no Sheraton Rio Hotel & Resort, na cidade do Rio de Janeiro.
Para o Dr. Luis Borba, presidente do congresso em 2022, Infelizmente a pandemia da COVID-19 veio e levou toda a programação da edição de 2020 por água abaixo, no entanto, os envolvidos no evento continuaram trabalhando para que este ano fosse realizado um congresso ao nível dos anteriores.
“A pandemia nos fez aprender uma nova metodologia de ensino e de difusão do conhecimento que é online. Isso deu muito avanço, proporcionou que pessoas do mundo todo tivessem acesso a essas informações, no entanto, por melhor que seja a tecnologia online nada supera este evento presencial, visto que, a inter-relação entre as pessoas, a discussão, o aspecto social são Imbatíveis. Acredito que no futuro os eventos terão uma participação online, no entanto o presencial realmente fez a grande diferença”, comenta o Dr. Borba.
Após o evento, o Dr. Luis Borba falou sobre os aspectos positivos e o retorno gradativo dos eventos presenciais. Você pode conferir a entrevista a seguir.
Como foi a organização do 8º World Federation of Skull Base?
Dr. Borba – Em 2016 fomos até o Japão onde estava sendo organizado o 7º Congresso Mundial de Cirurgia da Base do Crânio e esta é uma subespecialidade muito focada em patologias que envolve neurocirurgiões, oftalmologistas, cirurgiões de cabeça e pescoço, otorrino e cirurgiões plásticos. Neste evento fomos agraciados, após uma uma dura competição com a cidade de Roma, com a escolha da cidade do Rio de Janeiro para realizar esse congresso. Junto com o professor Landeiro trabalhamos arduamente neste evento tentando fazer o melhor possível, no qual seria realizado em março de 2020.
Qual é o sentimento que fica agora que os congressos presenciais, como o 8º World Federation of Skull Base, estão voltando?
Dr. Borba – Tivemos algumas defecções, principalmente de cirurgiões acima dos 70 anos, que não estavam disponíveis para viajar, no entanto a presença maciça de neurocirurgiões latino-americanos e dos cinco continentes fez a grandeza deste congresso. Tivemos mais de 70% dos participantes de fora do Brasil mostrando a importância do evento e principalmente a importância da neurocirurgia brasileira no contexto mundial.
O que podemos aprender de mais importante em eventos como esse?
Dr. Borba – Trazer um evento destes para o Brasil nos encheu muito de orgulho e proporcionou a neurocirurgiões jovens de todos os países a oportunidade de mostrar o seu trabalho. Os neurocirurgiões brasileiros tiveram a oportunidade de mostrar para todo mundo o excelente trabalho que fazem nesta área tão complexa da neurocirurgia.