Acidente Vascular Cerebral (AVC), também conhecido como derrame, acontece quando há a interrupção do fluxo sanguíneo para determinada região do cérebro. Isso provoca uma reação em cadeia: as células cerebrais morrem depois de um tempo sem receber oxigênio e nutrientes, a região afetada para de funcionar, a função do corpo ligada à área do cérebro afetada apresenta danos, a pessoa pode ter sequelas ou mesmo vir a óbito.
Este quadro é gravíssimo e requer atenção imediata.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), AVC é a segunda principal causa de morte no mundo — atrás apenas de cardiopatia isquêmica — e leva a óbito cerca de 5 milhões de pessoas a cada ano, das mais de 13 milhões atingidas.
Eis algumas informações importantes sobre os tipos de AVC e fatores de risco:
– Isquêmico: quando o sangue é interrompido em uma região, mas não ocorre vazamento. Isso acontece devido a um coágulo sanguíneo ou acúmulo de gordura e colesterol (placa) nas veias.
– Hemorrágico: quando há alta pressão nas artérias, de modo que as danifica e provoca o seu rompimento. O sangue vaza para as proximidades e este quadro leva ao aumento da pressão intracraniana.
Qualquer pessoa pode ter um AVC, mas é mais recorrente em indivíduos com idade entre 50 e 60 anos e/ou que apresentem certos fatores de risco, como:
– Pressão alta
– Colesterol alto
– Doenças cardíacas
– Obesidade
– Diabetes
– Sedentarismo
– Fumantes
– Abuso de substâncias como álcool e droga
– Fatores que favoreçam o espessamento do sangue e a formação de coágulos
– Histórico familiar de AVC
Conheça alguns sinais de alerta para um AVC
Os principais sintomas de um AVC estão relacionados à fraqueza em um lado do corpo, fala e raciocínio confuso e sonolência ou desmaio. Mas existem também outros que podem ser manifestados isolados ou em conjunto:
– Dor de cabeça repentina e persistente
– Característica física alterada no rosto, como se estivesse “caído”, torto ou com paralisia
– Paralisia ou dormência em rosto, braço e perna em um lado do corpo
– Desequilíbrio
– Alterações na visão
– Náusea e vômito
Como é feito o diagnóstico de um AVC
Diante dos sintomas acima, é importante procurar ajuda imediatamente. O médico fará um exame físico e poderá pedir exames de imagem, como tomografia, ressonância magnética e ultrassonografia Doppler.
Em muitos casos a tomografia é suficiente para identificar o local do AVC, o tipo e as possíveis lesões ao cérebro.
A partir daí, o médico especialista poderá determinar a indicação do tratamento, seja clínico ou cirúrgico.
Tratamentos para AVC
Apesar de toda a gravidade (salvo em fatores que não se pode controlar, como idade e hereditariedade) é possível adotar medidas que ajudam a prevenir um AVC. Por exemplo, a prática de atividades físicas por pelo menos 30 minutos ao dia, a adoção de uma dieta saudável, controle do peso e acompanhamento médico de rotina.
Os tratamentos após a ocorrência de um AVC podem incluir remédios anticoagulantes, neuroprotetores, terapias intravenosas para reduzir inchaço e pressão no cérebro, entre outras medidas. Há também possibilidades cirúrgicas, para remover coágulos e placas de colesterol, colocação de stents (bobinas de aço) e reparação paredes enfraquecidas de artérias.
A eleição do tratamento vai depender da análise individual do paciente, feita pelo neurocirurgião responsável, que vai levar em conta a gravidade do AVC, o estado de saúde do paciente, entre outros fatores.
Ficou com alguma dúvida? Fale conosco!